Um colectivo de estudantes de esquerda foi atacado nesta terça-feira por um grupo de extrema-direita em Roma. O ataque provocou vários feridos, e está a ser condenado pela esquerda italiana, que acusa o governo de Berlusconi e o presidente da Câmara de Roma de criarem um ambiente propício para o crescimento da violência fascista.
Os estudantes agredidos estavam a colar cartazes contra a cedência de um espaço na universidade para a realização de uma iniciativa da Fuorza Nuova quando foram surpreendidos por um grupo de militantes daquele partido fascista. Os agressores chegaram em várias viaturas e usaram facas, mocas e barras de ferro para fazerem valer os seus argumentos, deixando sete feridos à sua passagem.
Este é mais um episódio da onda de violência protagonizada por grupos fascista que, nas últimas semanas, tem assolado Itália e que já causou vários feridos e um morto.
No passado sábado, um grupo de encapuzados, ostentado cruzes suásticas, fez um raid no bairro romano de Pigneto, destruindo montras das lojas de imigrantes e agredindo os estrangeiros que se cruzaram no seu caminho. O arremesso de cocktails molotov para um acampamento de ciganos, em Nápoles, ou o assassinato de um jovem por um grupo de neonazis em Verona no início de Maio são mais alguns exemplos desta preocupante situação.
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