Pela primeira vez foram divulgadas imagens de um interrogatório na prisão de Guantánamo. Os advogados do cidadão canadiano Omar Kadhr, preso no Afeganistão quando tinha apenas 15 anos e depois deportado para a base militar em Cuba, decidiram divulgar o vídeo para pressionar o governo canadiano a pedir a extradição do jovem. No vídeo, é visível o sofrimento de Omar, interrogado durante mais de sete horas, chorando e mostrando as cicatrizes provocadas por torturas ainda no Afeganistão, e apelando aos agentes canadianos que o ajudem.
É a primeira vez que são divulgadas imagens gravadas com interrogatórios feitos em Guantánamo, onde centenas de pessoas foram detidas nos últimos anos pelas autoridades americanas sem processo judicial. O vídeo divulgado nesta terça-feira mostra três pessoas, pelo menos uma delas membro dos serviços secretos canadianos (CSIS), durante um interrogatório de sete horas a Omar Khadr. As imagens teriam sido filmadas no início de 2003, a partir do sistema de ventilação da sala do interrogatório, que durou sete horas e trinta minutos, distribuídas por três dias.
No segundo dia de interrogatórios, Khadr apercebe-se que os canadianos que chegaram a Guantánamo não vieram para saber da sua situação, mas sim para conseguir informações, e começa a chorar. O jovem tira a camisa laranja do uniforme da prisão e mostra a seus interlocutores as cicatrizes no peito, resultado dos ferimentos sofridos durante a captura no Afeganistão, pedindo ajuda aos agentes.
Khadr foi capturado no Afeganistão por soldados americanos em julho de 2002, após um combate contra um grupo armado. Os confrontos causaram a morte de um médico americano e Khadr, que foi o único sobrevivente do grupo, ficou gravemente ferido. Omar Kadhr é o mais jovem detido da chamada "guerra contra o terrorismo" dos Estados Unidos. As autoridades americanas acusam-no de ser o autor da morte do médico e seu caso foi denunciado por grupos de defesa dos direitos humanos, porque, de acordo com as leis internacionais, Khadr deveria ser considerado uma criança-soldado.
Há alguns dias, a imprensa canadiana reportou que Khadr teria sofrido de tortura do sono antes dos interrogatórios a que seria submetido. O jovem era transferido de uma cela para outra a cada três horas para deixá-lo "mais predisposto a falar". "Em intervalos de três horas ele era movido para outra cela, o que causava um sono interrompido e uma contínua mudança de companheiros de cela", diz um relatório dos serviços de segurança externos do Canadá. Mais tarde, o preso teria sido colocado em isolamento durante três semanas e interrogado novamente.
Recentemente, o Governo canadiano do primeiro-ministro Stephen Harper negou-se a solicitar a Washington o envio de Khadr ao Canadá, como fizeram os países ocidentais que em algum momento tiveram cidadãos em Guantánamo. Um dos advogados de Khadr, Dennis Edney, espera que o vídeo crie indignação no Canadá e pressione o primeiro-ministro Stephen Harper a exigir que os Estados Unidos não processem o seu cliente. O jovem, que hoje tem 21 anos, é acusado de vários crimes, entre eles o de homicídio e corre o risco de ser condenado à prisão perpétua.
É a primeira vez que são divulgadas imagens gravadas com interrogatórios feitos em Guantánamo, onde centenas de pessoas foram detidas nos últimos anos pelas autoridades americanas sem processo judicial. O vídeo divulgado nesta terça-feira mostra três pessoas, pelo menos uma delas membro dos serviços secretos canadianos (CSIS), durante um interrogatório de sete horas a Omar Khadr. As imagens teriam sido filmadas no início de 2003, a partir do sistema de ventilação da sala do interrogatório, que durou sete horas e trinta minutos, distribuídas por três dias.
No segundo dia de interrogatórios, Khadr apercebe-se que os canadianos que chegaram a Guantánamo não vieram para saber da sua situação, mas sim para conseguir informações, e começa a chorar. O jovem tira a camisa laranja do uniforme da prisão e mostra a seus interlocutores as cicatrizes no peito, resultado dos ferimentos sofridos durante a captura no Afeganistão, pedindo ajuda aos agentes.
Khadr foi capturado no Afeganistão por soldados americanos em julho de 2002, após um combate contra um grupo armado. Os confrontos causaram a morte de um médico americano e Khadr, que foi o único sobrevivente do grupo, ficou gravemente ferido. Omar Kadhr é o mais jovem detido da chamada "guerra contra o terrorismo" dos Estados Unidos. As autoridades americanas acusam-no de ser o autor da morte do médico e seu caso foi denunciado por grupos de defesa dos direitos humanos, porque, de acordo com as leis internacionais, Khadr deveria ser considerado uma criança-soldado.
Há alguns dias, a imprensa canadiana reportou que Khadr teria sofrido de tortura do sono antes dos interrogatórios a que seria submetido. O jovem era transferido de uma cela para outra a cada três horas para deixá-lo "mais predisposto a falar". "Em intervalos de três horas ele era movido para outra cela, o que causava um sono interrompido e uma contínua mudança de companheiros de cela", diz um relatório dos serviços de segurança externos do Canadá. Mais tarde, o preso teria sido colocado em isolamento durante três semanas e interrogado novamente.
Recentemente, o Governo canadiano do primeiro-ministro Stephen Harper negou-se a solicitar a Washington o envio de Khadr ao Canadá, como fizeram os países ocidentais que em algum momento tiveram cidadãos em Guantánamo. Um dos advogados de Khadr, Dennis Edney, espera que o vídeo crie indignação no Canadá e pressione o primeiro-ministro Stephen Harper a exigir que os Estados Unidos não processem o seu cliente. O jovem, que hoje tem 21 anos, é acusado de vários crimes, entre eles o de homicídio e corre o risco de ser condenado à prisão perpétua.
Sem comentários:
Enviar um comentário