A terceira mão é uma outra hipótese
tentada: a reunião por um anel de fogo
de dois que nada nem outrém ligariam,
a terceira mão é a mão que te empurra
para território desconhecido e aquela
que te guia em terra de ninguém: no pavor
que abala a noite do teu corpo,
que abalado fora antes pela alegria;
o susto erguido do desequilíbrio
a vibrar por dentro das cordas
que te emprestam -
por quanto tempo mais? - o equilíbrio;
a desesperada repetição do sonho
em que olhas para trás
e nada vês já
a não ser
a extensão da neve
que rápida e elástica apagou
os vestígios do corpo
que nela se abatera.
Manuel Gusmão
contributo do zeca para a farpa
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1 comentário:
tão bonito.
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