30/09/08
28/09/08
Slackers Uprising - Michael Moore
Este documentário mostra a “campanha” que levou Michael Moore a 62 cidades dos EUA para tentar convencer os jovens a votar nas eleições presidenciais de 2004. ver video
27/09/08
26/09/08
Brinquedos para trocar. Comes e bebes para partilhar
Tragam brinquedos e coisas de crianças para trocar! E petiscos!
27 Setembro
Sábado às 13h na Horta da Mouraria
LOCAL: Calçada do Monte (horta)
Ou se estiver a chover: Travessa da Nazaré, 21, 2º (Centro Social da Mouraria)
Via: pimentanegra
No Elevador
Escuto uma conversa.
Uma mulher está com problemas. Não sabe o que comprar à filha. Ela faz anos. Ainda é uma criança.
Os dois amigos vão dando palpites de brinquedos de preço elevado.
A mãe desesperada vai dizendo que a criança já tem esse brinquedo e outro e mais outro, que já lhe ofereceu esse, que tem tudo.
Os amigos envergonhados sem saber que dizer, insistem com mais uma sugestão:
- Porque não um livro?
– Não, isso não, responde a mãe com uma careta de desagrado.
E saem.
Uma mulher está com problemas. Não sabe o que comprar à filha. Ela faz anos. Ainda é uma criança.
Os dois amigos vão dando palpites de brinquedos de preço elevado.
A mãe desesperada vai dizendo que a criança já tem esse brinquedo e outro e mais outro, que já lhe ofereceu esse, que tem tudo.
Os amigos envergonhados sem saber que dizer, insistem com mais uma sugestão:
- Porque não um livro?
– Não, isso não, responde a mãe com uma careta de desagrado.
E saem.
25/09/08
24/09/08
Arctic sea "foaming" with methane?
via boing boing
An article in The Independent reports on a new scientific discovery that massive amounts of a greenhouse gas are spewing into the atmosphere from beneath the Arctic sea. Over at WorldChanging, Alex Steffen puts it into context, opening with the line that this discovery, if confirmed, "is really, really, really bad news." "An Arctic Sea 'Foaming' with Methane: What Now?" (WorldChanging), Exclusive: The Methane Timebomb (The Independent)
23/09/08
22/09/08
diana :: pedro
Mais um espectáculo do Pedro e da Diana!
No próximo sábado, dia 27
haverá Diana e haverá Pedro e ainda, vindos de vários pontos do mundo:
Duas Semicolcheias Invertidas
Mário Trovador e Companhia da Rua do Metro
Artigo 19
Coluna de Ferro
Todos os caminhos vão dar ao GIPA!
Grupo de Instrução Popular da Amoreira
(Rua do Grupo de Instrução Popular - Amoreira - Alcabideche)
A festa é da Associação O Círculo
a entrada é livre e a coisa começa às 21h
(para ver onde é o GIPA, clica aqui)
www.myspace.com/sethmaldito
Flyer27setnet-1.jpg picture by Zunhau
José Mário Branco - Inquietação
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me a fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda
21/09/08
18/09/08
17/09/08
16/09/08
Chullage - Igualdade é uma ilusão
Igualdade é 1 ilusão, liberdade é só 1 vaga sensação, yo yo
Se a tuga incendiar não é acidente é fogo posto
A levar e a não dar é algo que eu não tou disposto
Escapei a muitos mas a muitos mais ataques eu tou exposto
Sou filho de emigração e sem pagar nem estudar imposto
Viver a ter que enfrentar as investidas do exército oposto,
Mas brother eu não me rendo como eles tinhas suposto
E niggas ficam com medo, vergonha ou desgosto
Ou pensam que se se virarem pró outro lado sobem um posto
Olham-me de cima para baixo mas eu derrubo estes gigantes com um encosto
E passam a ter de olhar de baixo pra cima
Para o ódio, o orgulho em ser como eu sou expressos no meu rosto
No meu cabelo e nos meus lábios, na minha pele e na cultura enraizada dentro de mim
Eu tenho muito gosto, e isso ninguém me tira.
Pa todo f.d.p que me tem na mira,
Por achar que eu estou neste país a ocupar o seu lugar, f.d.p atira
Vou continuar preto e aqui por mais que o racismo me fira
Guerra é guerra, mas enquanto eu disparo rimas
Eles disparam drogas, armas, doenças, crimes seguidos de sentenças
Trabalho duro sem recompensa. quando país e filhos levam todo o tipo de ofensas
Extermínio da cultura e das crenças. atrocidades imensas que apanham brothers em cheio
Levam a perdas sensas. só merdas intensas
Que mantêm a minha relação com este povo muito tensas, mesmo muito tensas, mesmo muito tensas.
Igualdade é uma ilusão, liberdade é só uma vaga sensação
Esquadrões inteiros marcham como a nossa posição
Retaliação não é a melhor solução
Mas é melhor que esta situação
È como se eu combatesse no território do inimigo, sempre em desvantagem
Sem um dia, sem abrigo
Um cainado armadilhado criado para acabar comigo
Ás vezes olho para as vitimas e vejo a cara de um amigo
Mais um que se perdeu neste conflito já antigo
Mais um que não reconheceu um 2001 de falsos, que o severo usou para levar até ele o perigo
São muitas as vezes que penso que já não consigo
Que sinto a falta de alguém que me diga: "preto eu tou contigo" "yoo brother mi stá ku bô"
Mas independentemente do sangue, das lágrimas do suor ninguém eu sigo
Em frente neste trilho
Se sobrevivi á pobreza e ao racismo então eu sobrevivo a qualquer outro stress, ou estrilho
Não sei se vou morrer sem nada mas vou deixar a cultura, a tradição
A força e o espirito de revolta ao meu filho
Para que continue a luta pelo respeito, até te digo e uma panela de milho
Se não tiver como pagar, se for preciso ninguém eu roubo.
Eu tiro ao pilho de uma forma feroz
Aquilo que eles hoje têm à pala do suor dos meus avós
Longe vão os tempos em que eu não erguia a voz
Tempos em que a minha garganta criou muitos nós
Hoje nesta guerra santa eu sou daqueles que não foge
Igualdade é uma ilusão, liberdade é só uma vaga sensação
Esquadrões inteiros marcham como a nossa posição
Retaliação não é a melhor solução
Mas é melhor que esta situação
Procuro um presente, não me dará nenhum futuro
E sempre foi assim desde que este mano mais escuro viu a luz
Neste mundo obscuro
Problemas encontram-me, não sou eu quem os procuro
Só mesmo o meu pénis consegue ser mais duro que este país onde a minha mãe me pôs
No seu 1º parto, quando ela limpava casas e o meu pai construía casas
E tudo o que eles tinham era a merda de um quarto, de quarto pa barraca
De barraca para prédio.
Tudo o que eles têm é a mesma vida que eu estou farto
Que se foda o diálogo, é para a guerra que eu parto
Cotas vivem iludidos mas o pouco que eles têm não chega pa tostar nenhuma
Barraca para prédio ela não muda
Por isso eu não deserto e só espero que deus me acuda
Porque nesta tuga life mais nenhum f.d.p me ajuda
Mas eu estudo o adversário, não é só ele que me estuda
Não deixo que pequenas vitórias deixem soldados enganados
Muitos hoje em dia já se acham respeitados
Mas não passa da rua, continuamos derrotados, rejeitados, isolados,
Por majestrados, cotas fardados e deputados
Por isso ainda passo noites inteiras liando nas trincheiras
Com grupos inimigos a vitimarem fileiras de soldados sem união e outros sem pão.
Ou daqueles que apontam para o lado quando disparam o seu canhão
Sofrendo baixas e emboscadas de balas e toxicoses, armadilhas, civis, bongós,
E bros que juntam-se ao outro lado e derrepente ficam sós
Porque não percebem que a vitória começa em nós sermos nós
Nós sermos nós, nós sermos nós
Começa em nós sermos nós
Igualdade é uma ilusão, liberdade é só uma vaga sensação
Esquadrões inteiros marcham como a nossa posição
Retaliação não é a melhor solução
Mas é melhor que esta situação
Yo, liberdade é só uma vaga sensação!
Se a tuga incendiar não é acidente é fogo posto
A levar e a não dar é algo que eu não tou disposto
Escapei a muitos mas a muitos mais ataques eu tou exposto
Sou filho de emigração e sem pagar nem estudar imposto
Viver a ter que enfrentar as investidas do exército oposto,
Mas brother eu não me rendo como eles tinhas suposto
E niggas ficam com medo, vergonha ou desgosto
Ou pensam que se se virarem pró outro lado sobem um posto
Olham-me de cima para baixo mas eu derrubo estes gigantes com um encosto
E passam a ter de olhar de baixo pra cima
Para o ódio, o orgulho em ser como eu sou expressos no meu rosto
No meu cabelo e nos meus lábios, na minha pele e na cultura enraizada dentro de mim
Eu tenho muito gosto, e isso ninguém me tira.
Pa todo f.d.p que me tem na mira,
Por achar que eu estou neste país a ocupar o seu lugar, f.d.p atira
Vou continuar preto e aqui por mais que o racismo me fira
Guerra é guerra, mas enquanto eu disparo rimas
Eles disparam drogas, armas, doenças, crimes seguidos de sentenças
Trabalho duro sem recompensa. quando país e filhos levam todo o tipo de ofensas
Extermínio da cultura e das crenças. atrocidades imensas que apanham brothers em cheio
Levam a perdas sensas. só merdas intensas
Que mantêm a minha relação com este povo muito tensas, mesmo muito tensas, mesmo muito tensas.
Igualdade é uma ilusão, liberdade é só uma vaga sensação
Esquadrões inteiros marcham como a nossa posição
Retaliação não é a melhor solução
Mas é melhor que esta situação
È como se eu combatesse no território do inimigo, sempre em desvantagem
Sem um dia, sem abrigo
Um cainado armadilhado criado para acabar comigo
Ás vezes olho para as vitimas e vejo a cara de um amigo
Mais um que se perdeu neste conflito já antigo
Mais um que não reconheceu um 2001 de falsos, que o severo usou para levar até ele o perigo
São muitas as vezes que penso que já não consigo
Que sinto a falta de alguém que me diga: "preto eu tou contigo" "yoo brother mi stá ku bô"
Mas independentemente do sangue, das lágrimas do suor ninguém eu sigo
Em frente neste trilho
Se sobrevivi á pobreza e ao racismo então eu sobrevivo a qualquer outro stress, ou estrilho
Não sei se vou morrer sem nada mas vou deixar a cultura, a tradição
A força e o espirito de revolta ao meu filho
Para que continue a luta pelo respeito, até te digo e uma panela de milho
Se não tiver como pagar, se for preciso ninguém eu roubo.
Eu tiro ao pilho de uma forma feroz
Aquilo que eles hoje têm à pala do suor dos meus avós
Longe vão os tempos em que eu não erguia a voz
Tempos em que a minha garganta criou muitos nós
Hoje nesta guerra santa eu sou daqueles que não foge
Igualdade é uma ilusão, liberdade é só uma vaga sensação
Esquadrões inteiros marcham como a nossa posição
Retaliação não é a melhor solução
Mas é melhor que esta situação
Procuro um presente, não me dará nenhum futuro
E sempre foi assim desde que este mano mais escuro viu a luz
Neste mundo obscuro
Problemas encontram-me, não sou eu quem os procuro
Só mesmo o meu pénis consegue ser mais duro que este país onde a minha mãe me pôs
No seu 1º parto, quando ela limpava casas e o meu pai construía casas
E tudo o que eles tinham era a merda de um quarto, de quarto pa barraca
De barraca para prédio.
Tudo o que eles têm é a mesma vida que eu estou farto
Que se foda o diálogo, é para a guerra que eu parto
Cotas vivem iludidos mas o pouco que eles têm não chega pa tostar nenhuma
Barraca para prédio ela não muda
Por isso eu não deserto e só espero que deus me acuda
Porque nesta tuga life mais nenhum f.d.p me ajuda
Mas eu estudo o adversário, não é só ele que me estuda
Não deixo que pequenas vitórias deixem soldados enganados
Muitos hoje em dia já se acham respeitados
Mas não passa da rua, continuamos derrotados, rejeitados, isolados,
Por majestrados, cotas fardados e deputados
Por isso ainda passo noites inteiras liando nas trincheiras
Com grupos inimigos a vitimarem fileiras de soldados sem união e outros sem pão.
Ou daqueles que apontam para o lado quando disparam o seu canhão
Sofrendo baixas e emboscadas de balas e toxicoses, armadilhas, civis, bongós,
E bros que juntam-se ao outro lado e derrepente ficam sós
Porque não percebem que a vitória começa em nós sermos nós
Nós sermos nós, nós sermos nós
Começa em nós sermos nós
Igualdade é uma ilusão, liberdade é só uma vaga sensação
Esquadrões inteiros marcham como a nossa posição
Retaliação não é a melhor solução
Mas é melhor que esta situação
Yo, liberdade é só uma vaga sensação!
Comunicado da PERCIP face à associação do aumento da criminalidade a cidadãos imigrantes
Em consequência das recentes notícias, dando conta do aumento da criminalidade em Portugal, sobretudo, da criminalidade violenta e a associação por parte de um conjunto de personalidades com responsabilidades políticas e de alguns órgãos de comunicação social que, de forma sistemática vêm imputando, de forma pouco rigorosa e objectiva, a cidadãos imigrantes a principal responsabilidade pelo aumento da criminalidade, a PERCIP enquanto representante das estruturas representativas das comunidades imigrantes em Portugal, vem tornar pública a seguinte posição:
· Atribuir a criminalidade e o seu aumento aos imigrantes, é um discurso simplista, de rápida aceitação e apropriação junto das pessoas. Basta que um cidadão estrangeiro cometa um crime para logo se inferir que os imigrantes são os principais responsáveis pelo aumento da criminalidade. Muitas das afirmações e ideias veiculadas nos órgãos de comunicação social e por alguns dirigentes políticos estão ancoradas, ainda, numa visão estereotipada dos imigrantes e na clara tentativa de encontrar bodes expiatórios para um problema que carece de medidas estruturais. Aliás, consideramos que esse é o mais fácil argumento para justificar a falência das políticas sociais e económicas que afectam toda a população portuguesa, independentemente da sua origem nacional e cultural. As atitudes xenófobas nascem e agudizam-se neste tipo de contexto e, por isso, é necessário enfrentar de forma corajosa o complexo problema da criminalidade, sem subterfúgios nem manipulações;
· A criminalidade tem origem e expressão em comunidades autóctones e estrangeiras, não são um produto exclusivamente de cidadãos que procuraram, legitimamente, Portugal para trabalhar e viver. Assim, consideramos que responsabilizar o “outro” por situações de crise, e libertar os autóctones e, mormente, os dirigentes políticos de responsabilidades na emergência e no desenvolvimento de processos negativos, como é o caso, é perigoso. Não há nenhum dado ou estudo que nos diga que a presença dos imigrantes é um factor para o aumento da criminalidade. Aliás, pelo contrário, os estudos feitos nesta matéria concluem que os imigrantes apresentam uma menor propensão para a prática criminal do que os cidadãos nacionais;
· Neste contexto, mais importante do que procurar bodes expiatórios, devemos ter como perspectiva que a criminalidade é um problema que diz respeito a todos nós como cidadãos comprometidos na construção de um país mais desenvolvido, equilibrado social e economicamente e com autêntica paz e justiça social;
· A PERCIP reafirma que mais do que medidas paliativas e manobras de diversão na comunicação social os responsáveis políticos devem concretizar esforços sérios para travar o problema da criminalidade.
· Hoje, os imigrantes representam cerca de 5% da população residente e 10% da população activa em Portugal que, diariamente e de forma honesta fazem o seu trabalho e concorrem, ao lado dos portugueses de nascimento, para a construção de um país melhor. O clima de insegurança afecta a sociedade portuguesa, partindo do princípio que dela fazem parte os cidadãos estrangeiros e, por isso, queremos que os imigrantes sejam, também, parte da solução do problema da criminalidade. As associações de imigrantes reiteram a sua total disponibilidade em colaborar com as entidades na procura de vias estruturais para a minimização do problema da criminalidade em Portugal.
· Apelamos, por isso, ao bom senso na comunicação social e dos dirigentes políticos na abordagem e na apresentação de medidas integradas de combate à criminalidade
PERCIP
· Atribuir a criminalidade e o seu aumento aos imigrantes, é um discurso simplista, de rápida aceitação e apropriação junto das pessoas. Basta que um cidadão estrangeiro cometa um crime para logo se inferir que os imigrantes são os principais responsáveis pelo aumento da criminalidade. Muitas das afirmações e ideias veiculadas nos órgãos de comunicação social e por alguns dirigentes políticos estão ancoradas, ainda, numa visão estereotipada dos imigrantes e na clara tentativa de encontrar bodes expiatórios para um problema que carece de medidas estruturais. Aliás, consideramos que esse é o mais fácil argumento para justificar a falência das políticas sociais e económicas que afectam toda a população portuguesa, independentemente da sua origem nacional e cultural. As atitudes xenófobas nascem e agudizam-se neste tipo de contexto e, por isso, é necessário enfrentar de forma corajosa o complexo problema da criminalidade, sem subterfúgios nem manipulações;
· A criminalidade tem origem e expressão em comunidades autóctones e estrangeiras, não são um produto exclusivamente de cidadãos que procuraram, legitimamente, Portugal para trabalhar e viver. Assim, consideramos que responsabilizar o “outro” por situações de crise, e libertar os autóctones e, mormente, os dirigentes políticos de responsabilidades na emergência e no desenvolvimento de processos negativos, como é o caso, é perigoso. Não há nenhum dado ou estudo que nos diga que a presença dos imigrantes é um factor para o aumento da criminalidade. Aliás, pelo contrário, os estudos feitos nesta matéria concluem que os imigrantes apresentam uma menor propensão para a prática criminal do que os cidadãos nacionais;
· Neste contexto, mais importante do que procurar bodes expiatórios, devemos ter como perspectiva que a criminalidade é um problema que diz respeito a todos nós como cidadãos comprometidos na construção de um país mais desenvolvido, equilibrado social e economicamente e com autêntica paz e justiça social;
· A PERCIP reafirma que mais do que medidas paliativas e manobras de diversão na comunicação social os responsáveis políticos devem concretizar esforços sérios para travar o problema da criminalidade.
· Hoje, os imigrantes representam cerca de 5% da população residente e 10% da população activa em Portugal que, diariamente e de forma honesta fazem o seu trabalho e concorrem, ao lado dos portugueses de nascimento, para a construção de um país melhor. O clima de insegurança afecta a sociedade portuguesa, partindo do princípio que dela fazem parte os cidadãos estrangeiros e, por isso, queremos que os imigrantes sejam, também, parte da solução do problema da criminalidade. As associações de imigrantes reiteram a sua total disponibilidade em colaborar com as entidades na procura de vias estruturais para a minimização do problema da criminalidade em Portugal.
· Apelamos, por isso, ao bom senso na comunicação social e dos dirigentes políticos na abordagem e na apresentação de medidas integradas de combate à criminalidade
PERCIP
15/09/08
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