31/12/10

Boas Entradas!

Reveillon Erótico

Strip-tease Burlesco com Romina Bell & Mary Lou.
Ena Pá 2000.
Pela noite fora chegam Jesse Gimba e Kid Xuxas.

"Dê um piparote na crise e na inflação, e entre no ano novo com tesão!"

Real Combo Lisbonense


Cabaret Maxime
Pç. da Alegria, 58

A partir das 23h
15€ a 85€

27/12/10

Os Construtores do MAP - Um Museu em Construção

Museu de Arte Popular
Avenida de Brasília
4ª a 2ª - das 10h às 18h

Vai abrir na Primavera de 2011, mas no entretanto pode-se ver a exposição documental que marca a abertura parcial/temporária.

Sainkho Namtchylak - Creation Song

19/12/10

Curso de Literatura Portuguesa Sec. XX



Livraria Trama
Rua São Filipe Nery, 51-A (perto do Largo do Rato)
Inscrições para livraria.trama@gmail.com ou rosa.b.azev@gmail.com

17 Jan a 7 Mar 2011
(todas as 2as feiras à noite)
21h às 22h
65€

Ver programa em: Ah, a Literatura!

18/12/10

Leitura Partilhada 4


«[...] Ninguém poderá alguma vez dizer que viu a Cidade do México. Quando a começamos ver, calamo-nos, e depois nunca mais acabamos de a ver. Às seis da tarde parece Inverno. Mas não é Inverno, é a estação das chuvas. O Verão começou ontem. O chão brilha.
Os aztecas celebravam a chuva como um deus. Também receberam Cortés como um deus, abrindo os braços ao apocalipse, e por cima do apocalipse o império espanhol ergueu esta cidade. Cinco séculos depois é a mais extensa do mundo. Os mexicanos nem a tratam como cidade. Chamam-lhe D.F. ou simplesmente México».

Rostos 128

Lhasa de Sela - La Frontera

17/12/10

Leitura Partilhada 3

Crónica dos Dias Tesos
Luis Amorim de Sousa

Podem perdurar os dias de juventude, diz-nos este livro. Ainda que tesos, traçando o risco do fugaz cometa na solidão de uma outra cidade, permanece a limalha fulgurante de que o tempo faz o oiro. Principalmente quando a exiguidade nos torna pássaros à solta e as emoções, a literatura e os afectos conduzem propositadamente em contramão sem direcção alguma.
Luís Amorim de Sousa tinha 21 anos. Depois de viver em Londres vindo de Moçambique, recolhe os sabores e as vivências de dias mais tesos. Podemos portanto ler agora o seu desenvolto relato escrito com louvável coragem e em surpreendente e ágil estilo literário.

Noah & the Whale - Mary

16/12/10

Despedidos
























Valter Vinagre

em 2007, obtém autorização da Bragaparques para fotografar o recinto onde funcionou a Feira Popular de Lisboa para um levantamento reflexivo em torno do lugar da cidade. Numa das suas idas ao local encontra por entre os escombros, fichas de trabalhadores de uma empresa de diversões. Numa delas estava escrito "despedido".

15/12/10

O Depois

CIM-Companhia Integrada Multidisciplinar
Espectáculos de dança inclusiva

Teatro S. Luiz
17 e 18 Dez. - 21H
19 Dez. - 17:30H
Preço: 10€ a 20€

O DEPOIS cruza contrastes entre a violência, a sobrevivência e a reciclagem e desenha um sonho obscuro entre o desejo da vida e da morte. A reciclagem é praticada com violência no corpo humano. Tudo se transporta num declive interior. A sobrevivência, destrói sem distrair. Mas, num único momento o curso de uma vida muda num simples suspiro irrepetível. Tudo muda, porque alguém decide.O DEPOIS apresenta um território adverso e surpreende pela distorção e disputa das personagens pelo poder.

1974

"1974" tem como objecto temático a identidade portuguesa a partir do discurso narrativo de três importantes períodos da História de Portugal do último século: a Ditadura, a Revolução de Abril e a entrada de Portugal na Comunidade Europeia.

Teatro Nacional D. Maria II
Sala Garrett
até 19 Dez. 2010

14/12/10

Décollages



Centro Português de Serigrafia
até 31 de Dez.2010
Entrada Livre

Interferências


Daniel Barroca

13/12/10

Camané - Porta Aberta

Petiscos


Bela dos Petiscos
Rua dos Remédios 190, Alfama
Todos os dias: 18h-4h
5€ Pataniscas, 3€ copo vinho

11/12/10

Leitura Partilhada 2



A Casa da Morte Certa (1944) de Albert Cossery, pode ser lido como metáfora de um época em que as crenças começam a ficar caducas.
"O futuro está cheio de gritos. O futuro está cheio de revoltas. Como represar este rio transbordante que vai submergir as cidades?"

Exija Dignidade

10/12/10

Manifestação em Lisboa em defesa da Wikileaks

A verdade ganhará sempre

A WikiLeaks cunhou um novo tipo do jornalismo: o jornalismo científico. Trabalhamos com outros serviços informativos para trazer as notícias às pessoas, mas também para provar que é verdade. Por Julian Assange, publicado no The Australian

Em 1958 o jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor de The News de Adelaide, escreveu: “na corrida entre segredo e verdade, parece inevitável que a verdade ganhe sempre”.

A sua observação talvez reflectisse a revelação do seu pai, Keith Murdoch, de que as tropas australianas estavam a ser sacrificadas desnecessariamente nas costas de Gallipoli por comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo, mas Keith Murdoch não se deixou silenciar e os seus esforços levaram ao fim da campanha desastrosa de Gallipoli.

Quase um século depois, a WikiLeaks está também a publicar destemidamente factos que precisam de ser publicados.

Cresci numa cidade rural de Queensland, onde as pessoas diziam o que lhes ia na alma de forma franca. Desconfiavam dum governo grande, como algo que pode ser corrompido se não for vigiado cuidadosamente. Os dias negros da corrupção no governo de Queensland, antes do inquérito Fitzgerald, são testemunho do que acontece quando os políticos amordaçam os meios de comunicação para não informarem a verdade.

Essas coisas calaram-me fundo. A WikiLeaks foi criada em torno desses valores centrais. A ideia, concebida na Austrália, era usar tecnologias Internet em novas formas de informar a verdade.

A WikiLeaks cunhou um novo tipo do jornalismo: o jornalismo científico. Trabalhamos com outros serviços informativos para trazer as notícias às pessoas, mas também para provar que é verdade. O jornalismo científico permite-nos ler uma história nas notícias, a seguir clicar online para ver o documento original em que é baseada. Dessa forma podemos ajuizar por nós mesmos: a história é verdadeira? O jornalista informou-nos com precisão?

As sociedades democráticas precisam de meios de comunicação fortes e a WikiLeaks é uma parte desses meios. Os meios de comunicação ajudam a que o governo se mantenha honesto. A WikiLeaks revelou algumas verdades difíceis sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e sobre histórias incompletas da corrupção corporativa.

Houve quem dissesse que sou anti-guerra: para que conste, não sou. Às vezes as nações têm de ir à guerra, e há guerras justas. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir ao seu povo sobre essas guerras e depois pedir a esses mesmos cidadãos e cidadãs que arrisquem as suas vidas e os seus impostos com essas mentiras. Se uma guerra for justificada, então digam a verdade e as pessoas decidirão se a apoiam.

Se você tiver lido alguns dos diários de guerra do Afeganistão ou do Iraque, algum dos telegramas da embaixada dos Estados Unidos ou alguma das histórias sobre as coisas que a WikiLeaks reportou, pondere como é importante para todos os meios de comunicação serem capazes de informar estas coisas livremente.

A WikiLeaks não é o único editor dos telegramas da embaixada dos Estados Unidos. Outros serviços informativos, incluindo o britânico The Guardian, o The New York Times, o El Pais em Espanha e a Der Spiegel da Alemanha publicaram os mesmos telegramas editados.

Mas é a WikiLeaks, como coordenador desses outros grupos, que apanhou com os ataques e acusações mais maldosos do governo dos Estados Unidos e dos seus acólitos. Fui acusado de traição, embora seja australiano, não um cidadão dos EUA. Houve dúzias de apelos graves nos EUA para que eu fosse "retirado" por forças especiais dos Estados Unidos. Sarah Palin diz que devo ser “acossado como Osama bin Laden”, um projecto de lei republicano apresenta-se ao Senado dos Estados Unidos tentando que me declarem “uma ameaça transnacional” e se desembaracem de mim consequentemente. Um conselheiro do gabinete do Primeiro-Ministro canadiano apelou à televisão nacional para que eu fosse assassinado. Um blogger americano pediu que o meu filho de 20 anos, aqui na Austrália, fosse raptado e mal-tratado por mais nenhuma razão senão para apanharem-me.

E os australianos devem observar sem qualquer orgulho a alcoviteirice ignominiosa desses sentimentos pela Primeira-Ministra Gillard e pela Secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton, que não tiveram uma palavra de crítica para com os outros meios de comunicação. Isto acontece porque o The Guardian, o The New York Times e a Der Spiegel são antigos e grandes, enquanto a WikiLeaks é ainda jovem e pequena.

Somos os da mó de baixo. O governo de Gillard está a tentar matar o mensageiro porque não quer a verdade revelada, incluindo a informação dos seu próprios feitos diplomáticos e políticos.

Houve alguma resposta do governo australiano às numerosas ameaças públicas de violência contra mim e outro pessoal da WikiLeaks? Poder-se-ia ter pensado que um primeiro-ministro australiano iria defendendo os seus cidadãos contra tais coisas, mas houve apenas reclamações não inteiramente genuínas de ilegalidade. Da Primeira-Ministra, e especialmente do Procurador-Geral, espera-se que tratem os seus deveres com dignidade e acima das querelas. Fiquem descansados, esses dois vão tratar de salvar a sua própria pele. Não o farão.

Sempre que a WikiLeaks publica a verdade sobre abusos cometidos por agências dos Estados Unidos, os políticos australianos entoam um coro provavelmente falso com o Departamento de Estado: “Vai arriscar vidas! Segurança nacional! Vai pôr as tropas em perigo!” Depois dizem que não há nada importante no que a WikiLeaks publica. Não podem ser verdade ambas as coisas. Qual delas é?

Não é nenhuma. A WikiLeaks tem uma história de publicação com quatro anos. Durante esse tempo mudámos governos inteiros, mas nem uma pessoa, que se saiba, foi mal-tratada. Mas os EUA, com a conivência do governo australiano, mataram milhares só nestes últimos meses.

O Secretário da Defesa dos Estados Unidos Robert Gates admitiu numa carta ao Congresso dos EUA que nenhuma fonte de informação ou métodos sensíveis tinham ficado comprometidos pela revelação dos diários de guerra afegãos. O Pentágono afirmou que não houve nenhuma prova de que os relatórios da WikiLeaks tinham levado alguém a ser mal-tratado no Afeganistão. A NATO em Cabul disse à CNN que não pôde encontrar nem uma pessoa que precisasse de protecção. O Departamento Australiano de Defesa disse o mesmo. Nenhuma tropa australiana ou fontes foram prejudicadas por nada que tivéssemos publicado.

Mas as nossas publicações estão longe de não ser importantes. Os telegramas diplomáticos dos Estados Unidos revelam alguns factos alarmantes:

– Os EUA pediram aos seus diplomatas que roubassem material humano pessoal e informação a funcionários da ONU e a grupos de direitos humanos, incluindo ADN, impressões digitais, exames de íris, números de cartão de crédito, senhas de Internet e fotos de identificação numa violação de tratados internacionais. Os diplomatas australianos da ONU presumivelmente podem ser visados também.

– O rei Abdullah da Arábia Saudita pediu que os representantes dos Estados Unidos na Jordânia e no Bahrain exigissem que o programa nuclear do Irão fosse detido por qualquer meio disponível.

– O inquérito britânico sobre o Iraque foi ajustado para proteger os “interesses dos Estados Unidos”.

– A Suécia é um membro encoberto da NATO e a partilha de informação de espionagem é escondida do parlamento.

– Os EUA estão a jogar duro para conseguir que outros países recebam detidos libertados da Baía Guantánamo. Barack Obama aceitou encontrar-se com o Presidente Esloveno apenas se a Eslovénia recebesse um preso. Ao nosso vizinho do Pacífico Kiribati foram oferecidos milhões de dólares para aceitar detidos.

Na sentença que se tornou um marco sobre o caso dos Documentos do Pentágono, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos disse que “só uma imprensa livre e sem restrições pode expor eficazmente as fraudes do governo”. A tempestade que gira hoje em volta da WikiLeaks reforça a necessidade de defender o direito de todos os meios de comunicação a revelar a verdade.

7/12/2010 - Julian Assange redactor-chefe da WikiLeaks - Tradução de Paula Sequeiros para o Esquerda.net

Malvina Reynolds - Little Boxes

Cultura como pão para a boca

08/12/10

Workshop de Cenografia

Restart
Rua da Quinta do Almargem, nº10, Belém
11 e 12 Dezembro de 2010
50€ (inscrição) + 170€

07/12/10

Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Mediática

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRACÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou das inundações de contínuas distracções ou de informações insignificantes. A estratégia da distracção é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas Silenciosas Para Guerras Tranquilas”)".

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconómicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIMENTO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência de ingenuamente esperar que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para se acostumar com a ideia de mudança e de a aceitar com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE POUCA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza um discurso, argumentos, personagens e uma entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos da debilidade, como se o espectador fosse um menino de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente procurar enganar o espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Por quê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilização, ela tenderá, com certa probabilidade, a responder ou reagir desprovida, também, de um sentido crítico como se fosse uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas Silenciosas Para Guerras Tranquilas")".

6- UTILIZAR MUITO MAIS O ASPECTO EMOCIONAL DO QUE O DA REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto-circuito da análise racional, e pôr fim ao sentido crítico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e a sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser vencida, fique fora do alcance das classes inferiores (ver “Armas Silenciosas Para Guerras Tranquilas”)".

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE COM A MEDIOCRIDADE.

Levar o público a achar que é moda o facto de se ser estúpido, vulgar e inculto...

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades, ou dos seus esforços. Assim, ao invés de se revoltar contra o sistema económico, o indivíduo autodesvaloriza-se e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua acção. E, sem acção, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto da sua forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele se conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um poder muito maior sobre os indivíduos do que os indivíduos sobre si mesmos.

O direito a uma habitação condigna

06/12/10

Leitura Partilhada

«Sempre acompanhado de um caderno onde se misturam desenhos e anotações, tenho viajado pela chamada "Etiópia histórica".
Escrevo e desenho para lembrar o que é desaparecer do meu mundo habitual e continuar ainda assim vivo, podendo ver, ouvir, cheirar e falar. Faço-o para criar um testemunho gráfico do que sinto como viagens de ida e volta a um mundo ao contrário. Quando viajei pela primeira vez para a Etiópia, em 1999, ressuscitei um prazer que me tinha negado durante anos, desde a traumática perda de um caderno de desenhos em Tavira: o de desenhar desperocupada mas obsessivamente quando viajo. Desde então, tenho uma consciência mais aguda do que implica fixar, em caderno, clichês memoriais: enquanto viajo, o desenho não passa de um subproduto irrelevante da minha actividade de desenhador e fixador de visões, mas quando regresso a casa o desenho torna-se um precioso catalisador da memória e do imaginário.»

Sei todas as histórias

Eu não sei muitas coisas, é verdade.
Apenas falo do que tenho visto.
E já vi:
que o berço do homem o embalam com histórias,
que os gritos de angústia do homem os afogam com histórias,
que o pranto do homem o tapam com histórias,
que os ossos do homem os enterram com histórias,
e que o medo do homem...
inventou todas as histórias.
Sei muito poucas coisas, é verdade,
mas adormeceram-me com todas as histórias...
e sei todas as histórias.

Léon Felipe (1884-1968)

04/12/10

Tráfego Aéreo Interrompido



Controladores aéreos abandonaram os postos de trabalho na sequência da aprovação de duas leis relativas aos salários e ao aumento da carga horária laboral

Paisagens 71


Plantas Transgênicas

03/12/10

Desigualdades


Portugal é um dos países onde há um fosso maior entre ricos e pobres.
Mais de meio milhão de portugueses está à beira da pobreza. Estes dados fazem parte de um estudo feito pelo Observatório das Desigualdades.

01/12/10

Sida Toca a Todos

Rostos 126


Protestos contra aumento de propinas
...em Inglaterra
Foto: Paul Hackett

Paisagens 70

Contra cortes na educação
...em Itália

Foto: Remo Casilli

29/11/10

18º Gala dos Travestis


Teatro São Luiz
Rua António Maria Cardoso 38
1Dez., às 21h
De 12€ a 25€

Dentro Fora