31/03/09
Quem disse?
Quem disse
que esta ausência te devia?
Quem pensou
que esta denúncia se enganava?
Que um dia era pior
que outro dia
Que à noite era melhor
porque sonhava?
Quem disse
que esta dor te pertencia?
Quem pensou que este amor
me perturbava?
Que o longe era mais perto
se fugias
Que o dentro era mais longe
porque estavas?
Quem disse
que este ardor te evidencia?
Quem pensou que esta pena
me cansava?
Que calar era pior
se te despia
Que gritar era melhor
se te largava?
Quem disse
que esta paixão me curaria?
Quem pensou que esta loucura
me passava?
Que deixar-te era paz
porque corria
Que querer-te era mau
porque te amava?
Quem disse
que esta paixão te espantaria?
Quem pensou que esta saudade
me rasgava?
Que tudo era diferente
se te via
Que o pior era saber
que aqui não estavas?
Quem disse
que esta ternura te devia?
Quem pensou que este saber
se enganava?
Neste langor crescente
que crescia
Neste entender de nós
que cintilava?
Maria Teresa Horta
que esta ausência te devia?
Quem pensou
que esta denúncia se enganava?
Que um dia era pior
que outro dia
Que à noite era melhor
porque sonhava?
Quem disse
que esta dor te pertencia?
Quem pensou que este amor
me perturbava?
Que o longe era mais perto
se fugias
Que o dentro era mais longe
porque estavas?
Quem disse
que este ardor te evidencia?
Quem pensou que esta pena
me cansava?
Que calar era pior
se te despia
Que gritar era melhor
se te largava?
Quem disse
que esta paixão me curaria?
Quem pensou que esta loucura
me passava?
Que deixar-te era paz
porque corria
Que querer-te era mau
porque te amava?
Quem disse
que esta paixão te espantaria?
Quem pensou que esta saudade
me rasgava?
Que tudo era diferente
se te via
Que o pior era saber
que aqui não estavas?
Quem disse
que esta ternura te devia?
Quem pensou que este saber
se enganava?
Neste langor crescente
que crescia
Neste entender de nós
que cintilava?
Maria Teresa Horta
30/03/09
ILHA
via Por Mão Própria
Tu vives - mãe adormecida -
nua e esquecida,
seca,
fustigada pelos ventos,
ao som de músicas sem música
das águas que nos prendem…
Ilha:
teus montes e teus vales
não sentiram passar os tempos
e ficaram no mundo dos teus sonhos
- os sonhos dos teus filhos -
a clamar aos ventos que passam,
e às aves que voam, livres,
as tuas ânsias!
Ilha:
colina sem fim de terra vermelha
- terra dura -
rochas escarpadas tapando os horizontes,
mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias!
Amílcar Cabral
29/03/09
28/03/09
Erased Wiped off the map
Via arrastão
Erased-wiped off the map from CIES IMATGES on Vimeo.
Trailer do documentário “Erased, wiped off the map” (que tem cerca de uma hora), de Alberto Arce, activista espanhol. Filmado durante a última intervenção de Israel em Gaza. Ainda não estreou.
Erased-wiped off the map from CIES IMATGES on Vimeo.
Trailer do documentário “Erased, wiped off the map” (que tem cerca de uma hora), de Alberto Arce, activista espanhol. Filmado durante a última intervenção de Israel em Gaza. Ainda não estreou.
Bicicletas na cidade
Vélib é, hoje em dia, o mais famoso e bem sucedido serviço de bicicletas públicas.
O nome foi escolhido a partir das palavras: vélo (bicicleta) + liberté (liberdade).
O nome foi escolhido a partir das palavras: vélo (bicicleta) + liberté (liberdade).
São 20.000 bicicletas disponíveis para aluguer 24 horas por dia, 7 dias por semana, distribuídas em estações pela cidade de Paris que estão mais ou menos a 300 metros de distância umas das outras, e conta com 78.000 utilizadores por dia.
Mas estima-se que 7.800 bicicletas simplesmente desapareceram. Além do prejuízo com os roubos, as bicicletas do Vélib também são: riscadas, desmontadas, queimadas, afogadas no Rio Sena, etc,etc. São realizados 1.500 consertos diariamente. Incluindo algumas manutenções básicas: pneus vazios, correntes partidas, cestas destruídas.
Mas estima-se que 7.800 bicicletas simplesmente desapareceram. Além do prejuízo com os roubos, as bicicletas do Vélib também são: riscadas, desmontadas, queimadas, afogadas no Rio Sena, etc,etc. São realizados 1.500 consertos diariamente. Incluindo algumas manutenções básicas: pneus vazios, correntes partidas, cestas destruídas.
Programas semelhantes em outras cidades têm sido, aparentemente, menos traumáticos.
Como seria em Lisboa?
24/03/09
Rostos 41
Cartazes com os rostos dos presos políticos arrasatearras dispersos pelas prisões espanholas e francesas
Etiquetas:
Acções e Performances,
Cartazes
23/03/09
Ansiedade
Quero compor um poema
onde fremente
cante a vida
das florestas das águas e dos ventos.
Que o meu canto seja
no meio do temporal
uma chicotada de vento
que estremeça as estrelas
desfaça mitos
e rasgue nevoeiros — escancarando sóis!
Manuel da Fonseca
onde fremente
cante a vida
das florestas das águas e dos ventos.
Que o meu canto seja
no meio do temporal
uma chicotada de vento
que estremeça as estrelas
desfaça mitos
e rasgue nevoeiros — escancarando sóis!
Manuel da Fonseca
22/03/09
21/03/09
Construção
construção da casa [e do interior da casa]
construção de uma fogueira [e do fogo, e da chama, e das cinzas]
construção de uma pessoa [do embrião aos livros]
construção do amor
construção da sensibilidade [desde os poros até à música]
construção de uma ideia [passando pelo que o outro disse]
construção do poema [e do sentir do poema]
[há qualquer coisa de «des» na palavra construção]
desconstrução do preconceito
desconstrução da miséria
desconstrução do medo
desconstrução da rigidez
desconstrução do inchaço do ego
descontrução simples [como exercício]
desconstrução do poema [para um renascer dele]
construção é uma palavra
que causa suor
ao ser pronunciada.
penso que esse seja um suor bonito.
Ondjaki - "Matérias para confecção de um espanador de tristezas"
construção de uma fogueira [e do fogo, e da chama, e das cinzas]
construção de uma pessoa [do embrião aos livros]
construção do amor
construção da sensibilidade [desde os poros até à música]
construção de uma ideia [passando pelo que o outro disse]
construção do poema [e do sentir do poema]
[há qualquer coisa de «des» na palavra construção]
desconstrução do preconceito
desconstrução da miséria
desconstrução do medo
desconstrução da rigidez
desconstrução do inchaço do ego
descontrução simples [como exercício]
desconstrução do poema [para um renascer dele]
construção é uma palavra
que causa suor
ao ser pronunciada.
penso que esse seja um suor bonito.
Ondjaki - "Matérias para confecção de um espanador de tristezas"
Feira do livro de Poesia
Organizada pela Casa Fernando Pessoa, em colaboração com a Caminho Divulgação e a Junta de Freguesia de Santo Condestável.
De 16 a 22 de Março de 2009
Jardim Teófilo Braga (Jardim da Parada) - R. Tomás da Anunciação
Todos os dias das 10h00 às 19h00
Jardim Teófilo Braga (Jardim da Parada) - R. Tomás da Anunciação
Todos os dias das 10h00 às 19h00
Comemorações do Dia Mundial da Poesia (21 de Março).
19/03/09
18/03/09
AIDS in Africa
"There are currently 26 million people living with AIDS in Africa.
During 2005, there were 3.2 million new infections in Africa and
2.4 million deaths as a result of AIDS. Africa has 12 million AIDS orphans.
Of the 6.5 million people living in developing and transitional countries
who need live saving AIDS drugs, only 1.3 million are receiving them.
Don’t you find that offensive?"
17/03/09
Adeus
"...mas na minha cabeça eu sempre escondia este pensamento: as despedidas têm cheiro. E não é um cheiro bom tipo chá-de-caxinde, ou as plantas a darem ares duma respiração na frescura da manhã, entre silêncios e cacimbos molhados. Não. Despedida tem cheiro de amizade cinzenta. Nem sei bem o que isso é, nem quero saber. Não gosto mesmo de despedidas".
Ondjaki - Os da minha rua
(para os meus amigos e amigas que andam num ir e vir ou abraçam outro lugar)
Ciclo DOCUMENTE-SE!
Registos na primeira pessoa.
12 Mar - 28 Abr 2009
Para mais informações:
http://www.serralves.pt/
"A história da minha vida em 47 quadrados" por António Jorge Gonçalves
12 Mar - 28 Abr 2009
Para mais informações:
http://www.serralves.pt/
"A história da minha vida em 47 quadrados" por António Jorge Gonçalves
16/03/09
14/03/09
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