29/05/10
28/05/10
Concentração pacífica contra a violência policial
Na madrugada de 25 de Maio, Vasco Dias e Laura Diogo, estudantes da FCSH foram brutalmente espancados por agentes da PSP. A justificação era estarem a fazer “demasiado ruído”. Foram depois levados para uma esquadra onde não puderam fazer sequer um telefonema. Foram “interrogados” e depois postos na rua sem mais explicações. O Vasco teve de ser internado de urgência com a mandíbula fracturada.
Como eles, muitas pessoas já foram vítimas de crimes policiais, mas pouco ou nada é feito. A regra é a impunidade. Ainda este ano a Amnistia Internacional voltou a fazer essa denúncia sobre Portugal. Com a impunidade perdemos todos: vítimas de abuso policial e os agentes que não cometem abusos.
Esta CONCENTRAÇÃO PACÍFICA tem como objectivo alertar a opinião pública para estes casos. Queremos a condenação dos culpados destes crimes e sua substituição por agentes que cumpram a lei e que tenham uma formação adequada: humanista, defensiva e respeitadora dos cidadãos. Têm de aplicar a lei segundo as regras a que estão sujeitos como profissionais.
Para haver segurança, em vez de medo tem que haver confiança. Não só no Bairro Alto, mas em todos os bairros, de todo o país.
Contra o abuso policial, respondemos com uma mensagem de paz.
Pelo Vasco, pela Laura, por todas as vítimas de abuso policial!
Acordar Tarde - Al Berto / Jorge Palma
para o topêra
"tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva - e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte
procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos - e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais - nada a fazer
irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia "
Al Berto
"tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva - e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte
procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos - e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais - nada a fazer
irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia "
Al Berto
26/05/10
Estudantes agredidos por polícias em Lisboa
Vasco Dias, 19 anos, e Laura Diogo, 18 anos, foram espancados no Bairro Alto após serem repreendidos por um polícia à paisana. O estudante foi operado no hospital de São José com o maxilar fracturado.
Segundo a estudante Laura Diogo, ela encontrava-se no Bairro Alto, próximo ao Largo de Camões, quando foi interpelada por um indivíduo que, de forma agressiva e ofensiva, pediu que fizesse silêncio. Relata a estudante que após uma breve discussão, apareceram cerca de quatro polícias fardados e não identificados, no mesmo momento em que o seu amigo Vasco foi imediatamente atirado para o chão, onde recebeu diversos pontapés.
A estudante foi ainda agredida com chapadas e murros antes de ser algemada. Ambos foram levados para a esquadra da Praça do Comércio, onde lhes foi negada a possibilidade de fazer um telefonema, sob o argumento de que ambos não estavam detidos “e portanto não tinha direitos”.
Segundo o relato da estudante, ela e o amigo foram separados na esquadra, onde diferentes agentes os interrogaram. A estudante afirma ainda ter sido novamente agredida e ofendida.
Por volta das 4h30 da manhã foram libertados e puderam apanhar um táxi até o hospital de São José, onde o estudante Vasco passou por uma cirurgia. O estudante teve o maxilar fracturado, lesão que, segundo fontes médicas consultadas pelo esquerda.net, só pode resultar de agressões com um elevado grau de violência.
Segundo a estudante Laura Diogo, ela encontrava-se no Bairro Alto, próximo ao Largo de Camões, quando foi interpelada por um indivíduo que, de forma agressiva e ofensiva, pediu que fizesse silêncio. Relata a estudante que após uma breve discussão, apareceram cerca de quatro polícias fardados e não identificados, no mesmo momento em que o seu amigo Vasco foi imediatamente atirado para o chão, onde recebeu diversos pontapés.
A estudante foi ainda agredida com chapadas e murros antes de ser algemada. Ambos foram levados para a esquadra da Praça do Comércio, onde lhes foi negada a possibilidade de fazer um telefonema, sob o argumento de que ambos não estavam detidos “e portanto não tinha direitos”.
Segundo o relato da estudante, ela e o amigo foram separados na esquadra, onde diferentes agentes os interrogaram. A estudante afirma ainda ter sido novamente agredida e ofendida.
Por volta das 4h30 da manhã foram libertados e puderam apanhar um táxi até o hospital de São José, onde o estudante Vasco passou por uma cirurgia. O estudante teve o maxilar fracturado, lesão que, segundo fontes médicas consultadas pelo esquerda.net, só pode resultar de agressões com um elevado grau de violência.
25/05/10
24/05/10
Amigos Coloridos
Teatro Municipal S. Luiz [jardim de inverno]
segundas e terças, 24, 25 e 31 maio /01, 07 e 08 junho - 23H
quarta 09 junho - 23H festa de encerramento do festival
Um Projecto Alkantara Festival e Prado (Estreia Mundial)
Os "Amigos coloridos" são rendez-vous amorosos para os artistas e blind dates para o público.
É um espaço/tempo para encontros (im)possíveis, intensos e apaixonados entre artistas de diferentes estilos, disciplinas, antecedentes e gerações.
Artistas convidam outros artistas, os seus mestres, as suas paixões secretas, as suas influências, os seus opostos e com eles, para eles ou contra eles edificam duetos, quartetos ou ensembles memoráveis. Poderemos assistir a grandes lendas do teatro português contracenando com a nova e promissora geração da performance, a bailarinos do ballet nacional a improvisar com os die-hard conceptuais da dança contemporânea, a músicos actuais a reinventar o fado ou a revista, a orquestras filarmónicas a tocar Elvis ou GNR. Ou Duran Duran. Tudo é possível!
"Amigos coloridos" procuram criar noites descomprometidas onde a química dos fazedores de espectáculo são a única alquimia necessária. Para que em cada uma destas tertúlias performativas se possa gerar uma ovação de pé ou uma bela pateada com direito a tomates ou uma discussão aguerrida ou uma risota pegada ou uma louca desgarrada ou….
Serão todos encontros irrepetíveis.
As Farpas
“O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!”
Eça de Queiróz. 1872
Eça de Queiróz. 1872
22/05/10
Festival da Máscara Ibérica
Desfile - 22 Maio
Praça do Município - Rossio
500 participantes com máscaras tradicionais de toda a Península Ibérica e um grupo da Irlanda.
Concertos, provas produtos regionais e de vinho, artesanato e ateliês para crianças - das regiões de Portugal e de Espanha representadas no festival.
De Portugal, desfilam sete grupos - “caretos”, “velhos”, “chocalheiros” e máscaros” de Mogadouro, Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Lamego e Lagoa - e de Espanha chegam nove grupos - “boiteros”, “vacas”, “toros”, “carnavales” e “sidros” de Ourense, Zamora, León, Cantábria e Astúrias -, além da presença, pela primeira vez no festival, de um grupo não ibérico: The Mummers "lugar da fertilidade", da Irlanda.
Praça do Município - Rossio
500 participantes com máscaras tradicionais de toda a Península Ibérica e um grupo da Irlanda.
Concertos, provas produtos regionais e de vinho, artesanato e ateliês para crianças - das regiões de Portugal e de Espanha representadas no festival.
De Portugal, desfilam sete grupos - “caretos”, “velhos”, “chocalheiros” e máscaros” de Mogadouro, Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Lamego e Lagoa - e de Espanha chegam nove grupos - “boiteros”, “vacas”, “toros”, “carnavales” e “sidros” de Ourense, Zamora, León, Cantábria e Astúrias -, além da presença, pela primeira vez no festival, de um grupo não ibérico: The Mummers "lugar da fertilidade", da Irlanda.
Stefan Kaegi (Rimini Protokoll) - Radio Muezzin
Teatro Municipal S. Luiz
21 e 22 Maio - 21H
Teatro Carlos Alberto
26 e 27 Maio - 21:30H
A cidade do Cairo tem cerca de 30.000 mesquitas.
Em cada uma delas, cinco vezes por dia, um muezim chama os fiéis para a oração. Segundo a tradição, o muezim subia e descia as escadas do minarete, até que, nos anos cinquenta, chegam os megafones e microfones para alívio das suas pernas cansadas. O resultado, porém, permaneceu o mesmo: uma cacofonia de diferentes culturas de oração, de diferentes vozes, tempos, interpretações. Contudo, as coisas estão prestes a mudar: o Ministério dos Assuntos Religiosos quer introduzir um sistema de rádio fechado que transmitirá a voz de um único muezim ao vivo e em simultâneo para todas as mesquitas de Estado. Cairão no silêncio milhares de muezins egípcios?
Em "Radio Muezzin", quatro muezins do Cairo entram em palco para nos contar as suas histórias e experiências: o professor de Alcorão, cego, que viaja para a mesquita num pequeno autocarro durante duas horas todos os dias; o filho de um agricultor e antigo condutor de tanques do Alto Egipto, que costuma aspirar a alcatifa da sua mesquita; o electricista que começou a decorar o Alcorão depois de um acidente grave e o culturista que ganhou o segundo lugar no campeonato de recitação do Alcorão. A eles junta-se um técnico de rádio, que aprendeu como encriptar sinais de rádio em Aswan High Dam.
Entre as suas palavras e as imagens de vídeo do seu quotidiano, emergem novas vozes, que descrevem a transformação do chamamento para a oração, na era da reprodução técnica.
A Farpa Kultural recomenda.
Em cada uma delas, cinco vezes por dia, um muezim chama os fiéis para a oração. Segundo a tradição, o muezim subia e descia as escadas do minarete, até que, nos anos cinquenta, chegam os megafones e microfones para alívio das suas pernas cansadas. O resultado, porém, permaneceu o mesmo: uma cacofonia de diferentes culturas de oração, de diferentes vozes, tempos, interpretações. Contudo, as coisas estão prestes a mudar: o Ministério dos Assuntos Religiosos quer introduzir um sistema de rádio fechado que transmitirá a voz de um único muezim ao vivo e em simultâneo para todas as mesquitas de Estado. Cairão no silêncio milhares de muezins egípcios?
Em "Radio Muezzin", quatro muezins do Cairo entram em palco para nos contar as suas histórias e experiências: o professor de Alcorão, cego, que viaja para a mesquita num pequeno autocarro durante duas horas todos os dias; o filho de um agricultor e antigo condutor de tanques do Alto Egipto, que costuma aspirar a alcatifa da sua mesquita; o electricista que começou a decorar o Alcorão depois de um acidente grave e o culturista que ganhou o segundo lugar no campeonato de recitação do Alcorão. A eles junta-se um técnico de rádio, que aprendeu como encriptar sinais de rádio em Aswan High Dam.
Entre as suas palavras e as imagens de vídeo do seu quotidiano, emergem novas vozes, que descrevem a transformação do chamamento para a oração, na era da reprodução técnica.
A Farpa Kultural recomenda.
19/05/10
18/05/10
17/05/10
Pois
O respeitoso membro de azevedo e silva
nunca perpenetrou nas intenções de elisa
que eram as melhores. Assim tudo ficou
em bálburdias de língua cabriolas de mão.
Assim tudo ficou até que não.
Azevedo e silva ao volante do mini
vê elisa a ultrapassá-lo alguns anos depois
e pensa pensa com os seus travões
Ah cabra eram tão puras as minhas intenções.
E a elisa passa rindo dentadura aos clarões.
Alexandre O'Neill
nunca perpenetrou nas intenções de elisa
que eram as melhores. Assim tudo ficou
em bálburdias de língua cabriolas de mão.
Assim tudo ficou até que não.
Azevedo e silva ao volante do mini
vê elisa a ultrapassá-lo alguns anos depois
e pensa pensa com os seus travões
Ah cabra eram tão puras as minhas intenções.
E a elisa passa rindo dentadura aos clarões.
Alexandre O'Neill
16/05/10
Liberdade
Uma boa definição de homem, para além de suas limitações físicas, seria a de que é um ser de embrionária liberdade, cujo dever, cujo destino e cuja justificação é o da liberdade plena; plena para ele, plena para os outros, plena para os animais, plena para ervas, plena talvez até para seixo e montanha.
Agostinho da Silva
Agostinho da Silva
Etiquetas:
Escritos,
Grafitti Stencil e Papel de parede
14/05/10
Add Wood Festival
Trata-se de um festival underground-optimista cujo principal objectivo consiste em aproveitar o lado bom do que existe de pior.
Purex
Rua das Salgadeiras,28
Dia 17 a 20 de Maio
das 22H às 2H
Entrada Livre
Artistas de áreas multidisciplinares são convidados a pensar e desenvolver projectos que jamais se atreveriam a apresentar em qualquer espaço público.
Desafia-se os criadores a expor esse lado oculto da mediocridade pessoal, partindo do pressuposto “o que não mata, engorda”, ou seja, são as fraquezas que nos robustecem, são as limitações que nos fazem querer ir para além dos limites.
Mostrar sem preconceitos o pior de que se é capaz, pode ser um desafio muito sério.
De salientar ainda que se trata de um evento totalmente independente, a concretizar com orçamento negativo (os custos de produção/comunicação) e com a magna boa vontade dos artistas que se têm disponibilizado para, graciosamente, nos darem o pior de si mesmos.
Mostrar sem preconceitos o pior de que se é capaz, pode ser um desafio muito sério.
De salientar ainda que se trata de um evento totalmente independente, a concretizar com orçamento negativo (os custos de produção/comunicação) e com a magna boa vontade dos artistas que se têm disponibilizado para, graciosamente, nos darem o pior de si mesmos.
Purex
Rua das Salgadeiras,28
Dia 17 a 20 de Maio
das 22H às 2H
Entrada Livre
13/05/10
Nem chefes, nem Deuses, muito menos Papas!
12/05/10
O valioso tempo dos maduros - Mário de Andrade
O valioso tempo dos maduros
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas..
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
Mário de Andrade
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas..
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
Mário de Andrade
Enjoy Poverty
O cineasta holandês Renzo Martens investiga o valor emocional e económico da pobreza filmada e fotografada, a exportação com maior crescimento e lucro no continente africano. Descobre que os pobres, que são a "matéria prima" desta economia, beneficiam tão pouco dela como acontece com as exportações tradicionais de ouro, borracha, cacau e petróleo.
Teatro Maria Matos
Sala Principal com bancada
Dia 29 e 30 de Maio às 17H
Preço único - 5€
Teatro Maria Matos
Sala Principal com bancada
Dia 29 e 30 de Maio às 17H
Preço único - 5€
11/05/10
09/05/10
06/05/10
05/05/10
04/05/10
Foder e ir às Compras
até 15 de Maio
Primeiros Sintomas no Teatro S. Luiz
Quarta a Sábado às 21h00; Domingo às 17h30
Esta inspirada peça de Mark Ravenhill congrega toda a sua brutalidade, inteligência e ironia no título, que nos faz mergulhar mediatamente no seu imaginário. De facto, há dois planos políticos que se entrecruzam e tecem a peça: Foder e ir às compras é, por um lado, um check-up à sociedade de consumo e, por outro, revela uma sensibilidade extrema quanto à dinâmica das relações.
Uma reflexão sobre a globalização, a violência e o corpo, questões que estão definitivamente instaladas nas sociedades contemporâneas e que se materializam em aberturas e rasgos no cenário de cartão e em actores que vomitam palavras.
03/05/10
Não passarão
Não desesperes, Mãe!
O último triunfo é interdito
aos heróis que o não são.
Lembra-te do teu grito:
Não passarão!
Não passarão!
Só mesmo se parasse o coração
que te bate no peito.
Só mesmo se pudesse haver sentido
entre o sangue vertido
e o sonho desfeito.
Só mesmo se a raiz bebesse em lodo
de traição e de crime.
Só mesmo se não fosse o mundo todo
que na tua tragédia se redime.
Não passarão!
Arde a seara, mas dum simples grão
nasce o trigal de novo.
Morrem filhos e filhas da nação,
não morre um povo!
Não passarão!
Seja qual for a fúria da agressão,
as forças que te querem jugular
não poderão passar
sobre a dor infinita desse não
que a terra inteira ouviu
e repetiu:
Não passarão!
Miguel Torga
O último triunfo é interdito
aos heróis que o não são.
Lembra-te do teu grito:
Não passarão!
Não passarão!
Só mesmo se parasse o coração
que te bate no peito.
Só mesmo se pudesse haver sentido
entre o sangue vertido
e o sonho desfeito.
Só mesmo se a raiz bebesse em lodo
de traição e de crime.
Só mesmo se não fosse o mundo todo
que na tua tragédia se redime.
Não passarão!
Arde a seara, mas dum simples grão
nasce o trigal de novo.
Morrem filhos e filhas da nação,
não morre um povo!
Não passarão!
Seja qual for a fúria da agressão,
as forças que te querem jugular
não poderão passar
sobre a dor infinita desse não
que a terra inteira ouviu
e repetiu:
Não passarão!
Miguel Torga
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