Tenho a cabeça espetada
entre a noite e a madrugada.
Tenho um braço deitado
entre o perfeito e o enjeitado.
E um canhão apontado
para qualquer lado enfeudado.
Venha lá quem quiser
estou p´ró que der e vier.
De manhã mal acordado,
de noite pouco ensonado.
Para a aventura que teço
encontro os dias do avesso.
Na terra do perder Deus é dinheiro
Diabo é não o ter.
Seja homem ou mulher
estou p´ró que der e vier.
Dia a dia num aperto
que mais parece um deserto.
No descalabro do medo
mal se levanta um dedo.
Aconteça o que acontecer
não temos nada a perder,
dê no que vier a dar
assim não podemos ficar.
Hei-de ser a barricada,
arma, fogo, despedida.
Hei-de ser ferro forjado,
dia e noite amor calado.
Hei-de ser punho cerrado
e ternura docemente
e haja lá o que houver
estou p´ró que der e vier.
Letra e música: Fausto; A. P. Braga
Ligação para a música: http://marius709.com.sapo.pt/Pro%20Que%20Der%20E%20Vier.html
ligação para músicas de intervenção: http://marius708.com.sapo.pt/Cantores%20de%20Intervencao.html
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