Percorro todos os teus buracos inúteis...alastra-me em redor
do coração uma dor de sangue, o asfalto cobre-se de luzes alucinantes
e solidão
da noite ecoam passos, nas ruas desertas ficam à solta os animais
lendários da minha bebedeira
lutam comigo até de manhã, morrem à beira de minha boca
e conheço o amargo pão da tua solda/dura, o ouro líquido que
não chega para enriquecer um homem
o mar tem a solidão dos teus ais...medonhos ais, que persistem
para lá da demorada insónia
o sal tornou-se rubro e cospe flores que provocam o sono, e o
esquecimento.
Al Berto
23/11/07
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