30/06/10
28/06/10
25/06/10
Povo
Arraial Pride
Praça do Comércio,
Dia 26 de Junho, a partir das 14h
Chicks on Speed às 24h
Entrada livre
Dia 26 de Junho, a partir das 14h
Chicks on Speed às 24h
Entrada livre
24/06/10
22/06/10
Maratona de Leitura
Porque acreditam que a voz dos grandes escritores só morre quando a nossa voz os deixa morrer, A Casa Fernando Pessoa convida-nos a ler em voz alta "O Ano da Morte de Ricardo Reis", no dia 25 de Junho, com a leitura integral desta obra, numa maratona que terá início às 12 horas.
Leitores confirmados: Pilar del Rio, Leonor Xavier, José Luís Peixoto, António Mega Ferreira, José Mário Silva, Luísa Costa Gomes, Gonçalo M. Tavares, Fernando Pinto do Amaral, Clara Pinto Correia e Patrícia Reis.
Casa Fernando Pessoa
R. Coelho da Rocha, 16
Lisboa
Leitores confirmados: Pilar del Rio, Leonor Xavier, José Luís Peixoto, António Mega Ferreira, José Mário Silva, Luísa Costa Gomes, Gonçalo M. Tavares, Fernando Pinto do Amaral, Clara Pinto Correia e Patrícia Reis.
Casa Fernando Pessoa
R. Coelho da Rocha, 16
Lisboa
21/06/10
1922 - 2010
“O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever.”
José Saramago
José Saramago
3 músicas de Celeste Rodrigues
Grande senhora do fado e da música portuguesa, a participação dela no último concerto da Naifa foi brutal.
Esta Lisboa
Fado CelesteAmor
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CHICHO SANCHEZ FERLOSIO
José Antonio Julio Onésimo Sánchez Ferlosio (Madrid, 8 de abril de 1940 - 1 de julio de 2003), más conocido como Chicho Sánchez Ferlosio, fue un cantautor español, autor de una gran cantidad de canciones que no llegó a grabar él mismo pero que sí lo hicieron otros intérpretes, como Rolando Alarcón, Joan Baez, Soledad Bravo, Víctor Jara o Quilapayún. Algunos de estos temas han pasado a formar parte de la tradición popular, como Gallo rojo, gallo negro, La hierba de los caminos, La Quinta Brigada o A la huelga. Ver mais aqui
Cd´s para download carregar na capa
20/06/10
Plataforma Revolver
18/06/10
17/06/10
Ao Ar Livre (projecto educativo)
Teatro Maria Matos
19 Junho de 2010
Das 15h00 às 20h00
Entrada livre - Para toda a família
Estenderam uma manta do teatro até à rua e preparam-nos um dia no jardim com várias propostas para reinventar o bairro.
Durante toda a tarde, haverá oficinas onde poderemos plantar hortas, idealizar jardins, inventar novas personagens, trocar histórias e redescobrir o Jardim das Estacas.
Durante toda a tarde, haverá oficinas onde poderemos plantar hortas, idealizar jardins, inventar novas personagens, trocar histórias e redescobrir o Jardim das Estacas.
Revolution 99/09
16/06/10
Aviso: perigo eminente de derrocada
Aumentar a duração dos contratos a prazo.
A proposta poderá possibilitar a contratação de trabalhadores além dos três anos permitidos pelo Código do Trabalho, não obrigando a entidade patronal a pôr o trabalhador no quadro.
A proposta poderá possibilitar a contratação de trabalhadores além dos três anos permitidos pelo Código do Trabalho, não obrigando a entidade patronal a pôr o trabalhador no quadro.
"O que acontece muitas vezes é que os empresários se escusam a investir - ainda mais na actual conjuntura - porque, se o negócio correr mal, têm a braços imensos problemas laborais", refere a mesma fonte do PSD. "Por outro lado, as vantagens são muitas do lado do trabalhador, que volta ao mercado de trabalho e pode conquistar novas competências - ou não se vê a braços com uma situação de desemprego quando a empresa, por incapacidade financeira, não o consegue colocar no quadro após o limite legal de contratação", conclui.
A proposta do PSD aproxima-se da posição da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). Depois de Bruxelas ter alertado para a necessidade de flexibilizar o Código do Trabalho, os patrões pediram esta semana que, durante a crise, os contratos a termo fossem prolongados.
A proposta do PSD aproxima-se da posição da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). Depois de Bruxelas ter alertado para a necessidade de flexibilizar o Código do Trabalho, os patrões pediram esta semana que, durante a crise, os contratos a termo fossem prolongados.
Rostos 108
15/06/10
A palavra dita vai de novo invadir Lisboa
Festival do Silêncio - 17 a 26 de Junho de 2010
Errances Littéraires: Atiq Rahimi contra o silêncio com Paula Mendes Coelho e Luís Pimenta Gonçalves (PT) 17 Jun, 19h @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: francês - Entrada livre
Mathias Enard (FRA) e Pedro Tamen (PT)Moderador: Rui Lagartinho (PT)17 Jun, 21h @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: francês - Entrada livre
Philippe Besson e Stéphane Audeguy (FRA) Moderador: Mafalda Lopes da Costa (PT)22 Jun, 21h @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: francês - Entrada livre
Alberto Manguel (ARG) e Francisco José Viegas (PT)23 Jun, 21h @Instituto Franco-PortuguêsLíngua: francês - Entrada livre
Saul Williams(USA), Kalaf (PT), José Luís Peixoto (PT)Moderador: Rui Miguel Abreu (PT)24 Jun, 21h30 @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: inglês - Entrada livre
François Vallejo (FRA) e José Mário Silva (PT)25 Jun, 21h @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: inglês - Entrada livre
Programa completo em pdf, clique aqui
Errances Littéraires: Atiq Rahimi contra o silêncio com Paula Mendes Coelho e Luís Pimenta Gonçalves (PT) 17 Jun, 19h @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: francês - Entrada livre
Mathias Enard (FRA) e Pedro Tamen (PT)Moderador: Rui Lagartinho (PT)17 Jun, 21h @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: francês - Entrada livre
Philippe Besson e Stéphane Audeguy (FRA) Moderador: Mafalda Lopes da Costa (PT)22 Jun, 21h @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: francês - Entrada livre
Alberto Manguel (ARG) e Francisco José Viegas (PT)23 Jun, 21h @Instituto Franco-PortuguêsLíngua: francês - Entrada livre
Saul Williams(USA), Kalaf (PT), José Luís Peixoto (PT)Moderador: Rui Miguel Abreu (PT)24 Jun, 21h30 @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: inglês - Entrada livre
François Vallejo (FRA) e José Mário Silva (PT)25 Jun, 21h @ Instituto Franco-PortuguêsLíngua: inglês - Entrada livre
Programa completo em pdf, clique aqui
Delírio 1
14/06/10
Lisboa: O que o turista deve ver
de André Murraças construído a partir do texto homónimo de Fernando Pessoa, em que o poeta se transforma num cicerone que passeia o leitor, neste caso o espectador, por Lisboa – aquela Lisboa que o turista e todos nós devemos ver.
O espectáculo decorre entre os dias 17 e 20 de Junho.
O espectáculo decorre entre os dias 17 e 20 de Junho.
O espectáculo transpõe esse texto para a rua, adaptando-o para um espectáculo-percurso, onde o público confrontará a descrição original do autor com as imagens actuais da cidade.
O projecto procura esse contraste entre o passado e o presente.
Trata-se de devolver à cidade um texto que a ilustra e confrontá-lo com a sua actualidade. Mas também há um lado pedagógico de mostrar a quem vive em Lisboa uma cidade desconhecida. Durante quatro dias, das 10:00 às 19:00, existirão 5 postos montados em 5 diferentes locais de Lisboa: Chiado (Quiosque do Largo Camões), Rossio (Livraria do Teatro Nacional D. Maria II – apenas das 14:00 às 19:00), Avenida da Liberdade (Cinema S. Jorge), Saldanha (Espaço Nimas), Jardim de São Pedro de Alcântara (Quiosque de S. Pedro de Alcântara).
Em cada posto haverá hospedeiros e actores personalizados que interagem com o público a partir de elementos do texto original, e também leitores de CD que serão disponibilizados com um excerto do texto de Pessoa (em português e inglês) referente àquele local e adaptado com textos originais de André Murraças, música, ambientes sonoros e convidados surpresa.
O espectador tem o tempo que desejar para, munido de um actor ou do leitor de CD, usufruir da experiência, podendo escolher o percurso a fazer ao longo dos quatro dias, decidindo quais os postos que quer ver, em que locais e por que ordem.
No total os postos e os locais abarcam parte relevante do texto de Pessoa sobre aquilo que deve ser visto em Lisboa, sobretudo por quem nela habita. O acesso é gratuito embora condicionado ao número de leitores de CD e actores disponíveis: reservas através do e-mail: info@cassefaz.com ou tel. 217 740 892.
O projecto procura esse contraste entre o passado e o presente.
Trata-se de devolver à cidade um texto que a ilustra e confrontá-lo com a sua actualidade. Mas também há um lado pedagógico de mostrar a quem vive em Lisboa uma cidade desconhecida. Durante quatro dias, das 10:00 às 19:00, existirão 5 postos montados em 5 diferentes locais de Lisboa: Chiado (Quiosque do Largo Camões), Rossio (Livraria do Teatro Nacional D. Maria II – apenas das 14:00 às 19:00), Avenida da Liberdade (Cinema S. Jorge), Saldanha (Espaço Nimas), Jardim de São Pedro de Alcântara (Quiosque de S. Pedro de Alcântara).
Em cada posto haverá hospedeiros e actores personalizados que interagem com o público a partir de elementos do texto original, e também leitores de CD que serão disponibilizados com um excerto do texto de Pessoa (em português e inglês) referente àquele local e adaptado com textos originais de André Murraças, música, ambientes sonoros e convidados surpresa.
O espectador tem o tempo que desejar para, munido de um actor ou do leitor de CD, usufruir da experiência, podendo escolher o percurso a fazer ao longo dos quatro dias, decidindo quais os postos que quer ver, em que locais e por que ordem.
No total os postos e os locais abarcam parte relevante do texto de Pessoa sobre aquilo que deve ser visto em Lisboa, sobretudo por quem nela habita. O acesso é gratuito embora condicionado ao número de leitores de CD e actores disponíveis: reservas através do e-mail: info@cassefaz.com ou tel. 217 740 892.
12/06/10
11/06/10
10/06/10
Jazz às 5ª
TGB (Tuba+Guitarra+Bateria)
SÉRGIO CAROLINO tuba
MÁRIO DELGADO guitarra
ALEXANDRE FRAZÃO bateria
10 Jun 2010 - 22h
Cafetaria Quadrante - CCB
Entrada Livre
SÉRGIO CAROLINO tuba
MÁRIO DELGADO guitarra
ALEXANDRE FRAZÃO bateria
10 Jun 2010 - 22h
Cafetaria Quadrante - CCB
Entrada Livre
A invulgaridade do trio TGB, percebe-se facilmente pela formação instrumental, mas é a mestria dos seus músicos que consegue uma inédita combinação melódica e rítmica ao serviço do jazz e da improvisação. Também a escolha do repertório é singular, variando entre composições do próprio conjunto, standards de jazz, e temas inspirados no rock e música popular.
09/06/10
08/06/10
Catástrofe ambiental
07/06/10
Deserve
Teatro Municipal Maria Matos
8 de Junho - 21H
9 de Junho - 19H
SIMONE AUGHTERLONY & JORGE LEÓN
8 de Junho - 21H
9 de Junho - 19H
SIMONE AUGHTERLONY & JORGE LEÓN
"Deserve" constrói uma relação íntima entre os testemunhos reais e os ficcionais. As personagens confrontam reflexões pessoais de empregadas domésticas com um discurso analítico; ao fazê-lo lançam luz sobre uma realidade que é normalmente realizada a portas fechadas.
Jorge e Simone questionam os mecanismos em jogo no acto de servir e ser servido, explorando cuidadosamente esta relação específica de poder e a sua dimensão teatral inerente. A condição de servidão e o contínuo abuso que a acompanha inscrevem-se no corpo, que absorve essa coerção. E os corpos podem revoltar-se contra os objectos que simbolizam a sua desumanização. Os objectos domésticos entram em palco, não só divorciando-se do seu papel como meio de ligação entre o servo e o servido, mas também reduzindo-se em si mesmos a sujidade: uma confusão enorme que ninguém merece limpar.
Jorge e Simone questionam os mecanismos em jogo no acto de servir e ser servido, explorando cuidadosamente esta relação específica de poder e a sua dimensão teatral inerente. A condição de servidão e o contínuo abuso que a acompanha inscrevem-se no corpo, que absorve essa coerção. E os corpos podem revoltar-se contra os objectos que simbolizam a sua desumanização. Os objectos domésticos entram em palco, não só divorciando-se do seu papel como meio de ligação entre o servo e o servido, mas também reduzindo-se em si mesmos a sujidade: uma confusão enorme que ninguém merece limpar.
06/06/10
Não é tarde
O amor é como o fogo, não se propaga
onde o ar escasseia. Mas não te preocupes,
eu fecho mais a porta.
Gestos e paveias, acendalhas, o isqueiro
funciona! Poderoso combustível
é o corpo. Acende deste lado.
Ainda não é tarde, foi agora anunciado
pela rádio, são dezoito e vinte cinco.
Respira-nos, repara, a ilusão
de que a vida não se esgota, como os saldos
de verão. E a morte, à medida que te despes,
vai perdendo o nosso número de telefone.
José Miguel Silva
onde o ar escasseia. Mas não te preocupes,
eu fecho mais a porta.
Gestos e paveias, acendalhas, o isqueiro
funciona! Poderoso combustível
é o corpo. Acende deste lado.
Ainda não é tarde, foi agora anunciado
pela rádio, são dezoito e vinte cinco.
Respira-nos, repara, a ilusão
de que a vida não se esgota, como os saldos
de verão. E a morte, à medida que te despes,
vai perdendo o nosso número de telefone.
José Miguel Silva
A Naifa - Rapaz a Arder
Está um rapaz a arder
em cima do muro
as mãos apaziguadas
arde indiferentemente à neve que o encharca
Outros foram capazes
de lhe sabotar o corpo
archote glaciar
nunca ninguém apagou esse lume
em cima do muro
as mãos apaziguadas
arde indiferentemente à neve que o encharca
Outros foram capazes
de lhe sabotar o corpo
archote glaciar
nunca ninguém apagou esse lume
05/06/10
04/06/10
Arte
Foi ele próprio quem me abriu a porta. Era velho, notava-se, mas ainda mantinha a figura. Tinha um copo na mão e falava de coisas que não tinha nada a ver com nada. Detesto quando fazem isto, mas não podia fazer nada - a hora era dele. Surpreendeu-me a ausência de aspereza na voz. Delicado, perguntou-me se queria beber alguma coisa. Tenho por princípio não complicar as coisas. Disse-lhe que aceitava o mesmo que ele estava a beber.
Ele pôs-me então a divagar. Não me importo de ouvir, faz parte do meu trabalho. Talvez ele quisesse falar. É mais comum do que a maior parte da gente julga. E nem precisamos de fingir muito que os estamos a ouvir.
Gosta de livros?, perguntou o velho.
Encolhi os ombros. Sei muito bem reconhecer quando uma pergunta busca uma resposta ou é apenas o embalo para outras arengas.
Eu gosto de livros, completou. Nem precisam de ser muito interessantes, ou inteligentes, ou divertidos. Um livro não precisa de ter grandes pensamentos, nem sequer de me fazer pensar, disse o velho.
Basta dar-me vontade de pensar - assim como uma azeitona no martini, antes da refeição, serve para abrir o apetite, não para comer.
Pousou o copo. Pousou o copo mas não pousou a palavra.
Continuou a arengar:
O livro é, digamos, uma azeitona líquida, aromática. Ora aqui está uma boa definição de arte: uma azeitona líquida, aromática.
Eu não sabia o que dizer. Arranjei um pouco a saia sobre os joelhos, apenas para ocupar as mãos enquanto ele não me dizia o que queria de mim.
O bom quadro é aquele que faz a criança, quando o vê, ficar com vontade de desenhar. Não sei quem disse isto, alguém disse isto, não fui eu que disse isto, mas era preciso lembrar isto, por isso o faço.
Sei que é pouco profissional, mas perdi a paciência e perguntei:
O que quer que eu faça? Que tire a roupa?
Que tire a roupa é boa ideia, disse o velho.
E depois?
Depois arranjar-se-á decerto alguma coisa para lhe ocupar as mãos. E a boca, acrescentou, com um sorriso difuso, entre o malicioso e o triste.
Rui Zink
Ele pôs-me então a divagar. Não me importo de ouvir, faz parte do meu trabalho. Talvez ele quisesse falar. É mais comum do que a maior parte da gente julga. E nem precisamos de fingir muito que os estamos a ouvir.
Gosta de livros?, perguntou o velho.
Encolhi os ombros. Sei muito bem reconhecer quando uma pergunta busca uma resposta ou é apenas o embalo para outras arengas.
Eu gosto de livros, completou. Nem precisam de ser muito interessantes, ou inteligentes, ou divertidos. Um livro não precisa de ter grandes pensamentos, nem sequer de me fazer pensar, disse o velho.
Basta dar-me vontade de pensar - assim como uma azeitona no martini, antes da refeição, serve para abrir o apetite, não para comer.
Pousou o copo. Pousou o copo mas não pousou a palavra.
Continuou a arengar:
O livro é, digamos, uma azeitona líquida, aromática. Ora aqui está uma boa definição de arte: uma azeitona líquida, aromática.
Eu não sabia o que dizer. Arranjei um pouco a saia sobre os joelhos, apenas para ocupar as mãos enquanto ele não me dizia o que queria de mim.
O bom quadro é aquele que faz a criança, quando o vê, ficar com vontade de desenhar. Não sei quem disse isto, alguém disse isto, não fui eu que disse isto, mas era preciso lembrar isto, por isso o faço.
Sei que é pouco profissional, mas perdi a paciência e perguntei:
O que quer que eu faça? Que tire a roupa?
Que tire a roupa é boa ideia, disse o velho.
E depois?
Depois arranjar-se-á decerto alguma coisa para lhe ocupar as mãos. E a boca, acrescentou, com um sorriso difuso, entre o malicioso e o triste.
Rui Zink
Dolores 4
"Meu nome é Dolores e eu sou puta. Que destino infeliz o meu.
Dormir cada noite com um homem, numa cama diferente, aguentar bafo de bebado, homem banguela, fedido, mal educado, triste sina a minha. Quem dera ser dona de casa, destas bem comportadas, com maridão do lado, filho pedindo toddy, roupa pra passar, comida pra fazer. Quem dera abrir as pernas prum homem só a vida inteira. Ou não abrir se não tivesse vontade. Mas Deus quis que meu destino fosse outro. Aliás, Deus, que é pai e me criou, sabe que meu sonho mesmo, de verdade, era ter sido freira.Passar a vida toda dando só pra Nosso Senhor. Mas era tanto remédio pra mãe, cachaça pro pai e droga pro namorado que não teve jeito".
Ivana Arruda Leite
Dormir cada noite com um homem, numa cama diferente, aguentar bafo de bebado, homem banguela, fedido, mal educado, triste sina a minha. Quem dera ser dona de casa, destas bem comportadas, com maridão do lado, filho pedindo toddy, roupa pra passar, comida pra fazer. Quem dera abrir as pernas prum homem só a vida inteira. Ou não abrir se não tivesse vontade. Mas Deus quis que meu destino fosse outro. Aliás, Deus, que é pai e me criou, sabe que meu sonho mesmo, de verdade, era ter sido freira.Passar a vida toda dando só pra Nosso Senhor. Mas era tanto remédio pra mãe, cachaça pro pai e droga pro namorado que não teve jeito".
Ivana Arruda Leite
Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos
VERA MANTERO & GUESTS
Culturgest [grande auditório]
De 7 a 9 de Junho - 21h30
Culturgest [grande auditório]
De 7 a 9 de Junho - 21h30
Queixas de um utente
Pago os meus impostos, separo
O lixo, já não vejo televisão
Há cinco meses, todos os dias
Rezo pelo menos duas horas
Com um livro nos joelhos,
Nunca falho uma visita à família,
Utilizo sempre os transportes
Públicos, raramente me esqueço
De deixar água fresca no prato
Do gato, tento ser correcto
Com os meus vizinhos e não cuspo
Na sombra dos outros
Já não me lembro se o médico
Me disse ser esta receita a indicada
Para salvar o mundo ou apenas
Ser feliz. seja como for,
Não estou a ver resultado nenhum
José Miguel Silva
O lixo, já não vejo televisão
Há cinco meses, todos os dias
Rezo pelo menos duas horas
Com um livro nos joelhos,
Nunca falho uma visita à família,
Utilizo sempre os transportes
Públicos, raramente me esqueço
De deixar água fresca no prato
Do gato, tento ser correcto
Com os meus vizinhos e não cuspo
Na sombra dos outros
Já não me lembro se o médico
Me disse ser esta receita a indicada
Para salvar o mundo ou apenas
Ser feliz. seja como for,
Não estou a ver resultado nenhum
José Miguel Silva
02/06/10
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